Um dos erros mais crassos na teologia contemporânea está em tentar dicotomizar a vida cristã. Não existe esta coisa estranha que chamamos de “vida material” e “vida espiritual”. Segundo o apóstolo Paulo, “quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (I Coríntios 10:31).
O ser humano, por definição, é espiritual. Mesmo que ele não se dê conta disso ou ainda que seu espírito esteja mortificado por causa do pecado. O cristão nasceu de novo pela fé, isto é, recebeu a vida de Deus (zoe) no seu ser. Este é o sentido bíblico ao dizer que seu espírito foi vivificado, quer dizer, ganhou vida (Efésios 2:1). Espiritualidade para o verdadeiro crente é sinônimo de comunhão plena com Deus.
Daí por diante, sua vida toda é espiritual. Não há nada, nem mesmo o ato mais natural como comer e beber para sustentar a vida física, que possa ser dissociado de sua espiritualidade.
Por não compreendermos esta verdade, acabamos dividindo a vida em setores, deixando o lado “espiritual” para questões como a oração, igreja, leitura da Bíblia, Deus etc. As demais áreas da vida são consideradas menos “santas”. Entre elas encontra-se a vida profissional. Dela, cuidamos nós, sem que Deus tenha nada a ver com isso.
Na Capelania Corporativa, procuramos resgatar o conceito bíblico sobre a vida integral. Queremos trazer à tona a ideia de que cristãos não deixam de ser cristãos quando chegam ao escritório para trabalhar. Muito ao contrário, há uma missão inalienável a ser cumprida como tais neste ambiente. É para cumpri-la, e não simplesmente para a nossa prosperidade material egocêntrica, que Deus nos dá oportunidades de galgar posições e conquistar mercados. Estamos aqui para glorificar a Deus em cada ato de nossa vida.
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Nota 10. Por anos bato nessa mesma tecla, e nem mudando a nota querem escutar a "música"... tristemente a visão do cristão em geral tem sido curtíssima, terrena, horizontal. Ora casando ora divorciando em áreas a vida com Deus. Como cabeças duras - ou seriam alma e corações duros(?!) - negamo-nos a chamar ao nosso espírito essa verdade como rhema. Porque é difícil entender que o mundo físico é o resultado "matemático" mais simplório de nossos atos de obediência ou não. De coração sobre ou fora do altar do Senhor. Daí a "crentaiada" que não é sensível à voz de Deus e vive atrás de campanhas e correntes.Ok, ok; sem preconceitos vai, é assim que muitos estão chegando ao conhecimento da Graça - sob um prisma estrábico, mas como diz Paulo, o que importa, se o Evangelho está sendo pregado bem oumal-preferímos bem, óbvio !!?? Cá pra mim mesma, corrente...ora por favor...só aquela quebrada pelo Sangue. No mais, fico com "Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir fortalezas.”
ResponderExcluir2 Corintios 10:3-4. Andréia Volcov-cegamente apaixonada pelo Reino.