Não que se possa encarar de forma meramente pragmática a nossa relação com Deus, mas é de se refletir quais seriam as vantagens de termos um Deus que, nas palavras do Jung Mo Sung no Twitter esta semana “por ser Amor, abdicou do controle sobre o mundo”.
Pense bem, quais serão, em primeiro lugar, algumas “vantagens” dessa tese?
Se Deus não é soberano, então:
1. Sua Palavra não é mais autoridade máxima e nem precisamos nos preocupar com ela. Para justificar isso, encontraremos aquele que pensam ser os livros da Bíblia mera ficção e poesia. Recusam-se a aceitar a literalidade da Bíblia, porque, segundo pensam, podemos usá-la ao bel prazer da crítica textual e, dessa forma, fazer com que ela fale o que nós queremos, não o contrário.
2. Todo o conceito de autoridade superior está eliminado, como preconiza o humanismo. O homem passa a ser o centro do universo e Deus passa a ser seu Servo, aquele que vive correndo atrás da gente para satisfazer nossos desejos e vontades.
3. Deus passa a não mais direito de exigir absolutamente nada. Assim, criamos um deus manipulável e conveniente. À semelhança de um Papai Noel, o bom velhinho de barbas brancas que aparece na nossa vida uma vez por ano para nos dar presentes se fomos bonzinhos, o Deus-não-Soberano só tem mimos aos seus filhos, principalmente os adeptos do “paz e amor”.
Do ponto de vista humano, nada pode ser melhor do que isso. Com um Deus como esse, posso viver minha vida à vontade, sem qualquer restrição além daquelas que a minha ética pessoal ou social me imponha, uma vez que obedecê-lo não é mais condição para a vida, e ainda por cima tenho direito de usar as coisas boas que Ele dá da forma que eu achar melhor.
Haveria desvantagens? Aparentemente não, mas vejamos. Se Deus não é soberano, então:
1. Como conciliar as reivindicações da Sua soberania, fartas nas Escrituras, tanto no Velho como no Novo Testamento? Por exemplo, leia textos como Romanos 14:9, II Pedro 2:1 e I Timóteo 6:15, observando como Deus é chamado ali. Se ele não é soberano de verdade, mas afirma isso tantas vezes, de tantas maneiras e de forma tão clara, ele deve ser louco ou sem juízo. Será que pode?
2. A quem recorrer na angústia, na tragédia, na dor e no sofrimento? Se Deus perdeu o controle de tudo (por amor, segundo se afirma) e agora estamos por nossa própria conta e risco, onde encontraremos paz e consolo?
3. Qual a segurança do nosso futuro e da nossa eternidade, se estamos nas mãos de um Deus impotente, que a todo momento se surpreende com os acontecimentos do dia?
Há um detalhe fundamental (o que, portanto, o torna mais do que um mero detalhe): felizmente, a escolha da nossa vida não é entre um Deus justo e Soberano e um Deus de amor e misericórdia: é apenas crer no único Deus que existe. Não existe um “deus do Ricardo Gondim” e um “deus calvinista norte-americano”. Não existe uma “tradição judaico-cristã” e uma “tradição Greco-romana” a partir da qual criamos Deus. É verdade que estas posições influenciam a maneira como nos relacionamos com Ele, mas elas não mudam o seu caráter e a essência de Deus. Deus é o mesmo Deus, no Velho ou no Novo Testamento, independentemente de você concordar com ele ou de aceitar seus valores e regras.
O Deus da Bíblia não se amolda às nossas conveniências. Ele não se dobra às palavras soltas ao vento, proferidas por caco em meio a outros cacos. O teísmo aberto, com todas as suas vertentes igualmente não comprováveis à luz das Sagradas Escrituras, não podem criar um novo Deus. Tentam, é verdade, criar um novo “deus”, como tantos outros criados à imagem e semelhança de homens revoltados contra o Criador, que na sua petulância querem contender com Ele, para ensiná-lo o que é justiça (Isaías 45:9) e reduzi-lo ao tamanho da nossa mente limitada (e corrompida), com base em nossas idiossincrasias e impressões.
No Salmo 2, Deus diz apenas que “se ri” dos povos que imaginam coisas vãs a seu respeito, tentando sacudir de sobre si o jugo do Seu domínio. Ele apenas zomba deles.
Nada mais Soberano.
por Marcos Senghi Soares
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMarcos, um bom texto meu irmão.
ResponderExcluirA frase, Deus “por ser Amor, abdicou do controle sobre o mundo” é horrível! Os teístas abertos a criaram para "tirar" de Deus a culpa por estas tristes e terríveis catástrofes que se abatem sobre os homens. Eles afirmam que se Deus soubesse o que iria acontecer Ele “obrigatoriamente” evitaria. Por isso, entre outros motivos, teria escolhido se afastar.
Para mim esta frase é contraditória, pois se assim fosse, não faria mais sentido este Deus só amor ter escolhido acabar com o sofrimento?
Esta Afirmação carece de embasamento bíblico e leva a outras perguntas tais como: Se Ele é amor, porque nos abandonou à própria sorte? Se Ele é amor, não poderia ter impedido satanás de ter acesso ao Homem?
Outro dia postei uma frase no Twitter e vou replicá-la e expandi-la aqui. Ai vai: “Segundo o Teísmo Aberto Deus escolheu não conhecer o futuro. Como então explicar os seus profetas terem feito previsões tão exatas?” Ou seja, se Ele não conhece o futuro, como foi que revelou aos seus profetas acontecimentos no futuro? A menos que não creiamos nas profecias tal argumento não faz o mínimo sentido.
Jabesmar A. Guimarães
www.jabesmar.com.br
ola passando aqui pra dizer que adorei seu blog e que virei seu seguidor se quiser seguir o meu agradeço
ResponderExcluirtenha um bom dia abraços e sucesosss
http://audienciadatvrealtimes.blogspot.com/
Esta teoria é absolutamente ridídula. Como se Deus estivesse preso ao tempo como nós. Como assim Deus decidiu não conhecer o futuro? Futuro é um conceito e uma realidade para o ser humano, não para Deus.Não dá para perder tempo com tanta bobagem.
ResponderExcluirMarta M.
www.terfe.blogspot.com