Existem pragas cíclicas que assolam a Igreja de Cristo
através da sua História. O atrevimento dos falsos mestres não tem limites. Por
isso, vez por outra uma velha heresia é requentada e apresentada como uma
grande novidade, a “bola da vez”.
Atualmente, dois dos grandes perigos que andam rondado o
rebanho de Deus são a teologia liberal (ou o “novo liberalismo”, como prefere
chamar Augustus Nicodemus) e o judaísmo messiânico. Nenhum deles é novo. O primeiro, que aglutina
debaixo do mesmo guarda-chuva aqueles que negam a autoridade das Escrituras
como a Palavra de Deus, é muito mais antigo do que qualquer movimento
acadêmico. Ele teve sua origem no Jardim do Éden: “É assim que Deus disse?” foi
a pergunta do pai da Teologia Liberal, a Antiga Serpente. O “judaísmo
messiânico” também não é novidade. Já havia causado estragos no começo da
igreja. No tempo dos Atos dos Apóstolos, houve até um concílio convocado para
dar uma resposta e um “basta” ao partido dos “da circuncisão” ou “dos
judaizantes”. Uma carta aos Gálatas foi escrita para combater estas doutrinas.
Sobre ambos falaremos nas próximas postagens. Por hora,
queremos sugerir algumas atitudes que pastores e líderes devem tomar à luz
desta confusão. São coisas simples, mas porque foram esquecidas, acabaram por
dar espaço para que o mal começasse a se sentir “em casa” em muitas comunidades
cristãs. E este é o principal assunto que motiva esta série. Por que estamos
assistindo passivamente à chegada desses falsos ensinos em nosso meio? Por que
estamos entregando nossos jovens vocacionados “de mão beijada” a faculdades
“teológicas”, cursos e atividades onde se propagam estes ensinos? O que é feito
do nosso Ensino Bíblico?
Por isso, antes de mais nada, entendemos ser necessário
conclamar pastores, líderes e professores DAS IGREJAS a uma reflexão profunda e
séria. O maior problema não é o surgimento de falsos mestres e heresias: eles
sempre estiveram por aí. A questão é que se não vacinarmos o rebanho, eles se
tornarão presas fáceis nas mãos de gente inescrupulosa, que perdeu a fé (ou
nunca a teve) ou que, no mínimo, tal como Apolo, ainda não aprendeu com
exatidão o caminho de Deus (Atos 18:26).
1. Não
terceirize o ensino bíblico. Uma das funções de uma igreja local é
transmitir à sua membresia o que ela crê, como ela crê e porque ela crê. Só que
é mais fácil mandar os crentes para um Congresso ou dar o endereço de um site
do que desenvolver ferramentas que permitam fazer isso ali mesmo. Nada contra a
preparação formal. Mas a verdade é que a cada dia que passa assistimos a
chegada de uma geração completamente analfabeta de Bíblia. Isso é prato cheio
para o falso ensinador. Sua função como pastor/presbítero/bispo é esta. Você
não pode passar para outro, assim como um pai não pode esperar que a igreja
eduque seus filhos.
2. Verifique
de que fonte seu rebanho está bebendo. Quando você manda um jovem para um
seminário teológico ou para participar de um curso, você se preocupa em
conhecer a linha doutrinária daquela pessoa ou instituição? Ou você prefere dar
de ombros e dizer “analise tudo e retenha o que é bom?” Primeiro, porque o que
Paulo está ensinando não se aplica a esta situação; ele não está dizendo que
você deve sentar para ouvir um falso ensino, porque no meio disso alguma coisa
vai ser aproveitada. Quanto ao falso ensino, os apóstolos sempre foram
enfáticos: não há diálogo, outro evangelho é anátema Ponto final. Sua obrigação
como quem vela por suas almas é assegurar-se até quanto for possível de que não
estão misturando veneno na comida. Não há nada de bom a se reter em um copo de
veneno!
3. Conheça o
que está acontecendo ao seu redor. Temos uma tendência de nos envolver
tanto com a nossa realidade existencial, que muitas vezes não nos damos conta
de que há um mundo efervescendo em volta de nós. Muitas pessoas nem sabem ainda
que existem faculdades teológicas ensinando que Jó foi um personagem literário
e não real; que Deus não é soberano, nem onisciente; que a Bíblia não passa de
um documento cultural etc. Sim, estão ensinando isso e muito mais. Nos livros,
palestras, blogs, salas de aula, chats e
fóruns. Talvez até estejam ensinando em uma de suas classes de escola bíblica
dominical. E você nem sabe. Está na hora de se atualizar um pouco do que se
passa. Senão, daqui a pouco quando você acordar poderá ser muito tarde para evitar
uma catástrofe.
Precisamos alinhar o ensino bíblico, indicando fontes seguras, fiéis à Palavra, e corrigindo distorções.
ResponderExcluirNo mais, estar atento aos falsos mestres, e suas heresias, rechaçando seu ensino!
Muito bom alerta!
Concordo sob todos os aspectos. Podemos perceber que já não temos mais doutos como antes, muitos novos pastores já não se preocupam mais com o ensino de qualidade. Vemos, então, igrejas cheias de pessoas vazias, pensando que prosperidade financeira e shows de exposição "dons" significa reino ou salvação.
ResponderExcluirMas graças a Deus, por Cristo.
Maranata!!
Salomão já disse que não há nada de novo na terra, ou debaixo do sol. Realmente essas asquerosas heresias mudam de vestimenta, mas o centro continua contaminando os mais incautos. É nosso dever zelar pelo povo de Deus, como pastores, e alertar sobre essas possibilidades em nosso meio. Porém, agradeço a você, Marcos, por nos ajudar a abrir os olhos. Quando olhos zelosos estão cuidando do rebanho, podemos compartilhar o peso da caminhada. Obrigado!
ResponderExcluirArtigo preciso, atual e urgente.
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