segunda-feira, 28 de março de 2011
terça-feira, 22 de março de 2011
Pedofilia Teológica
O mundo evangélico vem sendo novamente sacudido por uma enxurrada de gente que se diz decepcionada com Deus e que se colocaram a criar um “outro deus”. O da Bíblia eles não querem mais. Cansaram da brincadeira.
São os pseudoteoólogos que se acham donos de uma capacidade extraordinária de pensar, de criar uma teologia nova, de descobrir o que nunca ninguém foi capaz de enxergar ao longo de 2000 anos. Quem conhece o mínimo da história da igreja, incluindo a recente, vai perceber que de novo essas bobagens não tem nada. Esse povo está tentando tirar o pé da frigideira e colocando direto no fogo.
Se eles quisessem fazer como o Rubem Alves (estranhamente admirado por alguns deles), que já afirmou claramente que a “fé faz parte do seu passado” e tomassem seu rumo sozinhos, ainda seria compreensível. Eles já não são mais crianças. Sabem o que querem, o que escolheram e o que acham melhor para suas vidas. Temo que um dia eles aprendam que estavam enganados pela forma mais difícil. Que Deus (a quem tanto afrontam) tenha misericórdia deles.
A pior parte para mim é a influência que essa gente causa na mente de jovens que ainda não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda e que acaba tendo suas convicções forjadas por esses caras. São inescrupulosos e não fazem questão alguma de levar incautos atrás de si. São pedófilos teológicos, violentando as estruturas da fé de toda uma geração.
É bem verdade que cada um dará contas de si mesmo a Deus. Mas não há nenhuma dúvida de que somos responsáveis pelas coisas que falamos em nome de Deus, principalmente quando alguns de nós atingem um grau de notoriedade a tal ponto que pessoas (muitas) parem para ouvir o que estamos dizendo. Não foi à toa que Tiago nos exorta a quem não nos tornemos muitos de nós mestres: destes Deus cobrará muito mais, pela influência que exercem, direcionando vidas e fixando conceitos (Tiago 3:1).
Tenho pena dos incautos que repetem feito papagaios o que esses falsos mestres, travestidos de pastores com a Bíblia na mão, tem a dizer sobre um Deus que não conhecem ou a quem, tendo conhecido, trocaram por um saber filosófico que não tem nada a acrescentar à nossa caminhada de fé.
Eu digo não à pedofilia teológica.
Marcos Senghi Soares
São os pseudoteoólogos que se acham donos de uma capacidade extraordinária de pensar, de criar uma teologia nova, de descobrir o que nunca ninguém foi capaz de enxergar ao longo de 2000 anos. Quem conhece o mínimo da história da igreja, incluindo a recente, vai perceber que de novo essas bobagens não tem nada. Esse povo está tentando tirar o pé da frigideira e colocando direto no fogo.
Se eles quisessem fazer como o Rubem Alves (estranhamente admirado por alguns deles), que já afirmou claramente que a “fé faz parte do seu passado” e tomassem seu rumo sozinhos, ainda seria compreensível. Eles já não são mais crianças. Sabem o que querem, o que escolheram e o que acham melhor para suas vidas. Temo que um dia eles aprendam que estavam enganados pela forma mais difícil. Que Deus (a quem tanto afrontam) tenha misericórdia deles.
A pior parte para mim é a influência que essa gente causa na mente de jovens que ainda não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda e que acaba tendo suas convicções forjadas por esses caras. São inescrupulosos e não fazem questão alguma de levar incautos atrás de si. São pedófilos teológicos, violentando as estruturas da fé de toda uma geração.
É bem verdade que cada um dará contas de si mesmo a Deus. Mas não há nenhuma dúvida de que somos responsáveis pelas coisas que falamos em nome de Deus, principalmente quando alguns de nós atingem um grau de notoriedade a tal ponto que pessoas (muitas) parem para ouvir o que estamos dizendo. Não foi à toa que Tiago nos exorta a quem não nos tornemos muitos de nós mestres: destes Deus cobrará muito mais, pela influência que exercem, direcionando vidas e fixando conceitos (Tiago 3:1).
Tenho pena dos incautos que repetem feito papagaios o que esses falsos mestres, travestidos de pastores com a Bíblia na mão, tem a dizer sobre um Deus que não conhecem ou a quem, tendo conhecido, trocaram por um saber filosófico que não tem nada a acrescentar à nossa caminhada de fé.
Eu digo não à pedofilia teológica.
Marcos Senghi Soares
segunda-feira, 21 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Vantagens e Desvantagens de um Deus Não Soberano
Não que se possa encarar de forma meramente pragmática a nossa relação com Deus, mas é de se refletir quais seriam as vantagens de termos um Deus que, nas palavras do Jung Mo Sung no Twitter esta semana “por ser Amor, abdicou do controle sobre o mundo”.
Pense bem, quais serão, em primeiro lugar, algumas “vantagens” dessa tese?
Se Deus não é soberano, então:
1. Sua Palavra não é mais autoridade máxima e nem precisamos nos preocupar com ela. Para justificar isso, encontraremos aquele que pensam ser os livros da Bíblia mera ficção e poesia. Recusam-se a aceitar a literalidade da Bíblia, porque, segundo pensam, podemos usá-la ao bel prazer da crítica textual e, dessa forma, fazer com que ela fale o que nós queremos, não o contrário.
2. Todo o conceito de autoridade superior está eliminado, como preconiza o humanismo. O homem passa a ser o centro do universo e Deus passa a ser seu Servo, aquele que vive correndo atrás da gente para satisfazer nossos desejos e vontades.
3. Deus passa a não mais direito de exigir absolutamente nada. Assim, criamos um deus manipulável e conveniente. À semelhança de um Papai Noel, o bom velhinho de barbas brancas que aparece na nossa vida uma vez por ano para nos dar presentes se fomos bonzinhos, o Deus-não-Soberano só tem mimos aos seus filhos, principalmente os adeptos do “paz e amor”.
Do ponto de vista humano, nada pode ser melhor do que isso. Com um Deus como esse, posso viver minha vida à vontade, sem qualquer restrição além daquelas que a minha ética pessoal ou social me imponha, uma vez que obedecê-lo não é mais condição para a vida, e ainda por cima tenho direito de usar as coisas boas que Ele dá da forma que eu achar melhor.
Haveria desvantagens? Aparentemente não, mas vejamos. Se Deus não é soberano, então:
1. Como conciliar as reivindicações da Sua soberania, fartas nas Escrituras, tanto no Velho como no Novo Testamento? Por exemplo, leia textos como Romanos 14:9, II Pedro 2:1 e I Timóteo 6:15, observando como Deus é chamado ali. Se ele não é soberano de verdade, mas afirma isso tantas vezes, de tantas maneiras e de forma tão clara, ele deve ser louco ou sem juízo. Será que pode?
2. A quem recorrer na angústia, na tragédia, na dor e no sofrimento? Se Deus perdeu o controle de tudo (por amor, segundo se afirma) e agora estamos por nossa própria conta e risco, onde encontraremos paz e consolo?
3. Qual a segurança do nosso futuro e da nossa eternidade, se estamos nas mãos de um Deus impotente, que a todo momento se surpreende com os acontecimentos do dia?
Há um detalhe fundamental (o que, portanto, o torna mais do que um mero detalhe): felizmente, a escolha da nossa vida não é entre um Deus justo e Soberano e um Deus de amor e misericórdia: é apenas crer no único Deus que existe. Não existe um “deus do Ricardo Gondim” e um “deus calvinista norte-americano”. Não existe uma “tradição judaico-cristã” e uma “tradição Greco-romana” a partir da qual criamos Deus. É verdade que estas posições influenciam a maneira como nos relacionamos com Ele, mas elas não mudam o seu caráter e a essência de Deus. Deus é o mesmo Deus, no Velho ou no Novo Testamento, independentemente de você concordar com ele ou de aceitar seus valores e regras.
O Deus da Bíblia não se amolda às nossas conveniências. Ele não se dobra às palavras soltas ao vento, proferidas por caco em meio a outros cacos. O teísmo aberto, com todas as suas vertentes igualmente não comprováveis à luz das Sagradas Escrituras, não podem criar um novo Deus. Tentam, é verdade, criar um novo “deus”, como tantos outros criados à imagem e semelhança de homens revoltados contra o Criador, que na sua petulância querem contender com Ele, para ensiná-lo o que é justiça (Isaías 45:9) e reduzi-lo ao tamanho da nossa mente limitada (e corrompida), com base em nossas idiossincrasias e impressões.
No Salmo 2, Deus diz apenas que “se ri” dos povos que imaginam coisas vãs a seu respeito, tentando sacudir de sobre si o jugo do Seu domínio. Ele apenas zomba deles.
Nada mais Soberano.
por Marcos Senghi Soares
Pense bem, quais serão, em primeiro lugar, algumas “vantagens” dessa tese?
Se Deus não é soberano, então:
1. Sua Palavra não é mais autoridade máxima e nem precisamos nos preocupar com ela. Para justificar isso, encontraremos aquele que pensam ser os livros da Bíblia mera ficção e poesia. Recusam-se a aceitar a literalidade da Bíblia, porque, segundo pensam, podemos usá-la ao bel prazer da crítica textual e, dessa forma, fazer com que ela fale o que nós queremos, não o contrário.
2. Todo o conceito de autoridade superior está eliminado, como preconiza o humanismo. O homem passa a ser o centro do universo e Deus passa a ser seu Servo, aquele que vive correndo atrás da gente para satisfazer nossos desejos e vontades.
3. Deus passa a não mais direito de exigir absolutamente nada. Assim, criamos um deus manipulável e conveniente. À semelhança de um Papai Noel, o bom velhinho de barbas brancas que aparece na nossa vida uma vez por ano para nos dar presentes se fomos bonzinhos, o Deus-não-Soberano só tem mimos aos seus filhos, principalmente os adeptos do “paz e amor”.
Do ponto de vista humano, nada pode ser melhor do que isso. Com um Deus como esse, posso viver minha vida à vontade, sem qualquer restrição além daquelas que a minha ética pessoal ou social me imponha, uma vez que obedecê-lo não é mais condição para a vida, e ainda por cima tenho direito de usar as coisas boas que Ele dá da forma que eu achar melhor.
Haveria desvantagens? Aparentemente não, mas vejamos. Se Deus não é soberano, então:
1. Como conciliar as reivindicações da Sua soberania, fartas nas Escrituras, tanto no Velho como no Novo Testamento? Por exemplo, leia textos como Romanos 14:9, II Pedro 2:1 e I Timóteo 6:15, observando como Deus é chamado ali. Se ele não é soberano de verdade, mas afirma isso tantas vezes, de tantas maneiras e de forma tão clara, ele deve ser louco ou sem juízo. Será que pode?
2. A quem recorrer na angústia, na tragédia, na dor e no sofrimento? Se Deus perdeu o controle de tudo (por amor, segundo se afirma) e agora estamos por nossa própria conta e risco, onde encontraremos paz e consolo?
3. Qual a segurança do nosso futuro e da nossa eternidade, se estamos nas mãos de um Deus impotente, que a todo momento se surpreende com os acontecimentos do dia?
Há um detalhe fundamental (o que, portanto, o torna mais do que um mero detalhe): felizmente, a escolha da nossa vida não é entre um Deus justo e Soberano e um Deus de amor e misericórdia: é apenas crer no único Deus que existe. Não existe um “deus do Ricardo Gondim” e um “deus calvinista norte-americano”. Não existe uma “tradição judaico-cristã” e uma “tradição Greco-romana” a partir da qual criamos Deus. É verdade que estas posições influenciam a maneira como nos relacionamos com Ele, mas elas não mudam o seu caráter e a essência de Deus. Deus é o mesmo Deus, no Velho ou no Novo Testamento, independentemente de você concordar com ele ou de aceitar seus valores e regras.
O Deus da Bíblia não se amolda às nossas conveniências. Ele não se dobra às palavras soltas ao vento, proferidas por caco em meio a outros cacos. O teísmo aberto, com todas as suas vertentes igualmente não comprováveis à luz das Sagradas Escrituras, não podem criar um novo Deus. Tentam, é verdade, criar um novo “deus”, como tantos outros criados à imagem e semelhança de homens revoltados contra o Criador, que na sua petulância querem contender com Ele, para ensiná-lo o que é justiça (Isaías 45:9) e reduzi-lo ao tamanho da nossa mente limitada (e corrompida), com base em nossas idiossincrasias e impressões.
No Salmo 2, Deus diz apenas que “se ri” dos povos que imaginam coisas vãs a seu respeito, tentando sacudir de sobre si o jugo do Seu domínio. Ele apenas zomba deles.
Nada mais Soberano.
por Marcos Senghi Soares
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