A cena empolga. Uma multidão protagoniza uma cena
emocionante, jamais vista com outro rabino. Estão cumprindo, talvez sem
perceber, uma profecia de mais de 400 anos. Zacarias disse que isso iria
acontecer com o Messias.
A chegada de Jesus a Jerusalém, dias antes daquela Páscoa, é
envolta em verdades e contrastes. O Rei da glória não chega à capital com pompa
e poderio. Não é escoltado por soldados treinados, montado em um cavalo de
raça. Não está sendo esperado para participar de uma cerimônia solene no
palácio. Ele vem como um rei humilde, montado em um jumentinho. É ignorado
pelos poderosos e odiado pelos religiosos.
Acontece que uma multidão é sempre uma incógnita. Quem segue
a massa pode estar ali por motivos muito variados. É assim num comício, num
jogo de futebol, numa passeata ou num protesto. Foi assim no dia em que o Rei dos
reis é aclamado como o “Bendito que vem em
nome do Senhor!”
Por que estenderam suas roupas e os ramos para ele passar?
Por que que gritaram “Hosana”? Estavam convencidas de que ele era mesmo o
Messias ou esperavam alguma coisa? Queriam sua salvação, mas que tipo de
salvação? De Roma ou do império das trevas? Queriam um reino ou queriam um Rei?
Uma semana depois, parte da mesma multidão mudou a palavra
de ordem. Ao invés de “Hosana, bendito o
que vem em nome do Senhor” o que se ouviu foi “Crucifica-o! Crucifica-o! Não temos rei senão César!”.
Jesus era o Messias e o Messias era, de verdade, o Rei. Ele
merecia aquela parada e aquelas homenagens da multidão. Eles cumpriam naquele
instante mais uma de todas as profecias messiânicas que se encaixavam
perfeitamente e exclusivamente na Pessoa de Cristo.
Porém, reconhecer isso demandava mais do que fazer parte de
uma passeata. Exigia fé pessoal e convicção individual.
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